Terapia Ocupacional e as Novas Tecnologias
É certo que não se pode evitar o envelhecimento, mas podemos encontrar formas de como podemos envelhecer. Poucas são as pessoas que se preocupam na fase adulta com a prevenção de doenças e esta é sem dúvida, a melhor estratégia para atingir um envelhecimento saudável.
A Terapia Ocupacional fundamenta a sua intervenção através do envolvimento em ocupações significativas, sendo estas essenciais para a identidade e sentido de competência do utente, tendo como, objetivo final a promoção da saúde e participação ao longo da vida. O utente ao se envolver em ocupações/atividades significativas desempenhará competências de características motoras, sensoriopercetivas, cognitivas, sociais e de regulação emocional e outros, relacionados com o desempenho ocupacional, em determinados contextos, de forma, a envolver as mesmas nas suas atividades de vida diária e em ocupações significativas para si (Marques & Trigueiro, 2011).
Importância da Terapia Ocupacional na 3ª idade – prevenção da mesma nesta área de intervenção
O bem-estar e a satisfação, da pessoa idosa, não depende apenas só do seu passado, do seu percurso de vida, passa em grande parte, por viver o presente, com momentos de convívio, de socialização, ocupação, que sejam adequados aos seus desejos, gostos e hábitos, de forma, a promover uma melhor qualidade de vida e bem-estar.
Apontamos, como método de intervenção, a Terapia Ocupacional que propõe intervenções individuais ou em grupo, junto dos idosos, através de um plano terapêutico centrado nas necessidades de cada idoso, bem como o recurso às novas tecnologias, através de Plataformas Online, permitem de certa forma, estimular, o cérebro ao nível do processamento visual, da área frontotemporal do cérebro, da tenção, linguagem, memória, concentração, raciocínio, resolução de problemas e planificação da atividade, funcionando assim como um ótimo potencializador terapêutico.
Neste sentido, a solução mista que foi proposta em sede de candidatura (Terapeuta ocupacional e novas tecnologias) permitiu adotar um conjunto de medidas que minoraram o isolamento social no contexto atual. Sabemos que as tecnologias têm tido um papel muito relevante e pensamos que continuarão a ser uma importante ferramenta. Por um lado, permitiram o contacto regular com a família e amigos, diminuindo a solidão e aumentando o bem-estar dos idosos. Por outro lado, como ferramenta de teleterapia e de estimulação cognitiva, permitindo o contato terapeuta-idoso de uma forma interativa, ainda que nalguns casos em condições que podiam não ser consideradas as ideais.
No entanto, não esquecemos as grandes disparidades que existem no acesso e capacidade de utilização destas ferramentas, por isso, apesar de ser sem dúvida uma ferramenta poderosa, pode não ser a resposta ideal para todos os idosos e preparámo-nos para as individualizar, adoptando medidas, particularmente no que diz respeito à componente de estimulação cognitiva, criando para o efeito alternativas de materiais que não dependessem única e exclusivamente da componente tecnológica.