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Na hora presente, ao passar o testemunho, por vontade própria, gostaria de testemunhar o quanto pude crescer humanamente e na fé, ao participar, como Presidente desta instituição, na promoção e coordenação da acção social e caritativa da Diocese de Beja.

Comprovei, ao longo destes anos, o quanto é importante abrirmo-nos a Deus e deixá-Lo guiar-nos. O quanto é importante sabermos, porque o vivemos, que todos os nossos dons vêm d’Ele e que somos meramente Seus instrumentos. É muito gratificante apercebermo-nos que ao amarmos e servirmos o próximo, em especial os mais pobres, crescemos na comunhão com Deus.

Contudo, no exercício desta missão não estive só. Devem ser convocados todos aqueles que, ao dispensarem-me o seu suporte e estímulo, para o desempenho da tarefa directiva, me ajudaram, numa caminhada em conjunto e de partilha.

Desejo, em primeiro lugar e de uma forma especial, manifestar a minha gratidão ao Senhor Bispo, D. António Vitalino Dantas, pela oportunidade que me deu, ao confiar-me esta missão para a qual sempre contei com o seu apoio incondicional.

Foram anos muito gratificantes e vividos com muito entusiasmo. O meu apreço e agradecimento deverão também ser dirigidos a toda a equipa da Cáritas Diocesana de Beja, sem destaques individuais, porque todos contribuíram determinantemente, cada qual a seu modo, para a boa execução das múltiplas solicitações que a nossa acção exige. Para tal, foi fundamental a forte aposta na formação técnica contínua que, ao longo destes anos, foi possível facultar aos nossos colaboradores. Porém, a formação mais importante é a do coração, na vivência concreta do dia-a-dia com os que mais sofrem. Contributo indispensável foi também a possibilidade dos mesmos participarem em formações no âmbito da fé e da espiritualidade cristãs, constitutivas da identidade da Cáritas.

Uma palavra de gratidão deverá ser endereçada, igualmente, aos muitos beneméritos que sempre contribuíram, com o seu apoio, para situar a CDB num patamar de qualidade reconhecida no que respeita aos resultados obtidos e comprováveis. Devo ainda chamar a terreiro todos os meus colegas – membros da Direcção e de Conselho Fiscal, bem como os voluntários, cujo papel revela-se de uma enorme e imprescindível mais-valia.

Uma derradeira palavra de agradecimento às Paróquias, aos Sacerdotes e Diáconos, aos Grupos Sócio-Caritativos, Conferências Vicentinas, Cáritas Paroquiais, Diocesanas e Nacional, incentivando a continuidade de colaboração em ordem uma acção coesa e efectiva em prol do bem comum.

Foi sempre o dever desta casa dar atenção às diversas áreas de intervenção, privilegiando as situações mais graves de pobreza e exclusão social. Com muito empenho e trabalho, considero que somos, uma instituição que, sem esquecer as suas orientações fundamentais baseadas na Sagrada Escritura e na Doutrina Social da Igreja, sempre procurou cumprir com os imperativos da solidariedade e da legislação civil e canónica.

É com gratidão que deixo este cargo, consciente do dever cumprido. Neste momento, tomo um outro rumo, ainda que prossiga o meu trabalho apostólico. Estou convicta que a próxima Direcção estará à altura dos desafios e saberá, com a ajuda de Deus, enfrentá-los.

Se muito foi feito, sei que muito, também, ficou por fazer. Mas nunca esquecerei esta caminhada de descoberta e crescimento que tive a honra de percorrer convosco, no serviço a Deus e à Igreja de Beja, servindo os homens!

Dou graças a Deus por esta missão, pedindo-Lhe para a nova Direcção e para toda a instituição as suas bênçãos.

 

Muito obrigada.

Maria Teresa van Uden Chaves

Beja, 26 de Setembro de 2014